O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás em seu pedido de destaque no julgamento sobre a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Com a desistência, o caso, que já tinha maioria formada, seguirá no plenário virtual da Corte. A retomada do julgamento está marcada para esta segunda-feira (28).
Collor, condenado a oito anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no contexto da Operação Lava Jato, está preso desde a última sexta-feira (25), em Alagoas. A decisão inicial para o cumprimento da pena foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes e agora precisa ser referendada pelos demais ministros.
Mesmo após o pedido de destaque, ministros como Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia já haviam antecipado seus votos a favor da manutenção da prisão, consolidando a maioria necessária. Restam ainda os votos de André Mendonça, Luiz Fux, Kássio Nunes Marques e do próprio Gilmar Mendes.
Cristiano Zanin, novo ministro da Corte, declarou-se impedido de participar do julgamento, pois atuou anteriormente como advogado do presidente Lula em processos relacionados à Lava Jato.
Com a maioria já estabelecida, a expectativa é que a decisão pela manutenção da prisão de Collor seja confirmada sem necessidade de análise presencial. A situação reforça o compromisso do STF com o combate à corrupção e com a efetividade das decisões judiciais, mesmo em casos envolvendo figuras públicas de alta relevância histórica.
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Creéditos da notícia: Gaúcha ZH
